sexta-feira, fevereiro 20, 2009

António Aleixo


Biografia de António Aleixo

António Fernandes Aleixo, nome completo de um dos poetas populares algarvios de maior relevo. Nasceu em Vila Real de Santo António a 18/02/1899 e faleceu em Loulé a 16/11/1949. Do seu percurso de vida fazem parte profissões como tecelão, guarda da P.S.P, servente de pedreiro, trabalho que, emigrado, também exerceu em França. Volvido ao seu país natal, restabeleceu-se novamente em Loulé, onde passou a vender cautelas e a cantar as suas produções nas feiras, actividades essas que se juntaram ao seu rol de profissões. Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral», Aleixo vai sendo conhecido e bastante apreciado por inúmeras figuras, das quais se destacam Dr. José Pedro, Dr. Joaquim Magalhães, José Rosa Madeira, que o protegem, divulgam e coleccionam os seus escritos. Da colecção formada por José Rosa Madeira e outras composições recolhidas, nasce o primeiro livro em 1943, editado pelo Círculo Cultural do Algarve. A opinião pública aceita-o com bom agrado, sendo bem acolhido pela crítica. Com uma tiragem de 1.100 exemplares, o livro esgota-se em poucos dias, o que proporciona a Aleixo uma pequena melhoria de vida, que é ensombrada pela morte de uma sua filha, doente com tuberculose. Desta mesma doença viria o poeta a sofrer, tendo que ser internado no Hospital- Sanatório dos Covões, em Coimbra, a 28/06/1943. Aqui descobre novas amizades e deleita-se com novos admiradores, que reconhecem o seu talento, de destacar o Dr. Armando Gonçalves e António Santos (Tossan), o artista que nunca o desamparou nas horas difíceis. Os seus últimos anos de vida foram passados, ora no sanatório, em Coimbra, ora em Loulé. Aleixo está hoje, entre nós, bem consagrado e presente. As suas obras foram apresentadas na rádio e televisão, os seus versos incluídos em diversas antologias, o seu nome figura na história da literatura, é patrono de instituições e grupos político-culturais, tem o nome em várias esquinas de ruas do país e existem medalhas cunhadas e monumentos erigidos em sua honra. Da sua autoria estão publicadas as seguintes obras: «Quando começo a cantar» - (1943); «Intencionais» - (1945); «Auto da vida e da morte» - (1948); «Auto do curandeiro» - (1950); «Este livro que vos deixo» - (1969); «Inéditos» - (1979); tendo sido, estes três últimos, publicados postumamente.

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